Considerado uma das construções megalíticas mais importantes do Algarve, este túmulo remonta ao ano 2500 a. C. No local foram encontradas várias ossadas e alguns objectos que teriam sido deixados no local como oferendas.
Acessos: Situado em terrenos agrícolas, obriga a uma caminhada de 200 metros a partir do moinho (particular) de Santa Rita. Não acessível de carro.
Há cinco mil anos, durante a pré-história, os homens e as mulheres que viveram num povoação em Santa Rita construíram túmulos megalíticos em pedra para aí enterrarem os seus mortos.
Escavações arqueológicas recentes no túmulo de Santa Rita, o melhor preservado dos que se conhecem na zona de Cacela, revelaram uma câmara funerária de planta regular a que se acedia por um longo corredor.
Sobre a colina artificial que cobre a câmara foi identificada uma necrópole cerca de mil anos mais recente que as primeiras deposições no túmulo, testemunhando uma continuidade na sua utilização e sacralização.
Orientado a nascente, virado para o horizonte onde nascem os astros ( o sol, a lua e as estrelas), o túmulo revela a celebração de uma ordem cósmica que regula os ciclos de nascimento, morte e renascimento da natureza e do próprio homem.
Monumento funerário, lugar de culto onde se guarda a memória dos antepassados, é no interior da câmara que, durante as escavações de 2008, encontrou-se enterrados alguns dos elementos da comunidade que o construiu. As oferendas que acompanhavam os mortos na sua « viagem» : artefactos ligados ao mundo dos vivos (recipientes cerâmicos, machados de pedra polida, enxós, …), mas também ao mundo dos mortos como placas de xisto gravadas e outros objetos votivos.
Observações: Aguarda classificação como Património Nacional.